Direito originário
![Ângelo Bueno](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/plugins/wp-fastest-cache-premium/pro/images/blank.gif)
![blank](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/0bd65a4d-bcc7-437f-8b6a-57f1164352b3.jpg)
DIREITO ORIGINÁRIO
A TANARU ( o indígena do Buraco)
Crendo e dizendo
há de cumprir o destino
mudaremos a ROTA
À de acordar MUNDO
gritaremos juntos
BASTA DE COLONIZAÇÃO
não nos intimidam
com ARMAS ou LEIS
a TERRA reclama
nossas cosmovisões
nossos jeitos que vivemos
Perdeu Mané
dê o Ré
BECO SEM SAÍDA
amargue-se
Em sua arrogância
Se continuar
A jogar bomba
e DANDO TIRO
morrerá TAMBÉM
Você desmata
se SUFOCARÁ
Made MAX
ESTRADAS DA FÚRIA
anuncia
SEU FIM.
![Ângelo Bueno](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/plugins/wp-fastest-cache-premium/pro/images/blank.gif)
Ângelo Bueno é poeta ativista, membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Entre os anos de 1982 a 1992 atuou na região Sul com os povos Guarani e Kaingang. De 1992 até hoje atua com os povos indígenas do Nordeste, em Pernambuco e Norte da Bahia. Sempre percebeu a importância da arte para rever paradigmas e favorecer a construção da sociedade democrática, fazendo parte dos poetas marginais, denunciando as violências praticadas pela necropolítica e anunciando o bem-viver em terras de ABYA YALA.