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MPSC denuncia seis pessoas por integrarem célula nazista, uma delas em São Miguel do Oeste/SC

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O Ministério Público de Santa Catarina divulgou no domingo, dia 18 de dezembro de 2022, uma nota com informações da denúncia sobre as seis pessoas acusadas de integrarem célula nazista  no estado. Segundo o documento, o grupo teria sido descoberto a partir de uma operação de tráfico de drogas na cidade do interior do estado, em São Miguel do Oeste.

Leia o conteúdo na íntegra:

MPSC denuncia seis pessoas e converte em preventiva as prisões por suspeitas de práticas nazistas

A denúncia da 40ª Promotoria de Justiça da Capital foi aceita pela justiça e agora os acusados são réus em ação penal pública. O grupo foi descoberto em decorrência de uma operação de tráfico de drogas em São Miguel do Oeste. A partir disso, a investigação chegou aos possíveis integrantes da célula nazista que atuavam nas cidades de São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José. Esta foi a segunda denúncia protocolada pelo MPSC em menos de uma semana. No início da semana, o MPSC denunciou uma possível célula em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, ofereceu mais uma denúncia contra suspeitos por integrarem célula nazista e praticarem crimes de racismo e disseminação do ódio com uso de armas de fogo.  A denúncia, desta vez, envolve seis possíveis integrantes que agiam em São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José. Os envolvidos são réus na ação, já que a Justiça aceitou a denúncia neste sábado (17/12) e também, a pedido do Ministério Público, converteu as prisões temporárias em preventiva.  “Para garantir a ordem pública pedimos a conversão das prisões em preventivas”, explicou o Promotor de Justiça Rodrigo Millen Carlin. Eles são réus por supostamente cometerem crimes de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

A Polícia Civil chegou até a célula nazista depois de prender um dos réus em flagrante por tráfico de drogas na cidade de São Miguel do Oeste. Durante o flagrante e a apreensão de objetos foi descoberta a célula nazista em atividade. De acordo com as investigações o grupo – que tinha seus integrantes em São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José – chegou a se encontrar em um sítio no município de Biguaçu. No local realizaram uma série de discursos de ódio contra judeus, pronunciamentos em língua alemã e idolatrando Adolf Hitler, utilizando a bandeira com emblema da cruz suástica, cercados de misticismo nazista e realizações de rituais e até treinamentos paramilitares com porte ilegal de armas. O grupo registrava tudo em fotos, vídeos e conversas em aplicativos de mensagens.

Segundo a denúncia do Ministério Público “os vídeos e imagens reunidos mostram que todos os envolvidos estavam neste sítio prestando apoio àquelas condutas, estando vinculados subjetivamente na prática da discriminação, desrespeito e preconceito à religião judaica”.  Durante as investigações foi possível comprovar ainda, que este encontro foi marcado e divulgado na internet com a intenção de divulgação ao nazismo. Na casa de um dos acusados foram encontrados grande quantidade de material de cunho racista e nazista e ainda uma série de conteúdos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes.

Com o grupo foram apreendidos celulares, notebooks, facas, roupas com símbolos nazistas, capacetes modelo da segunda guerra mundial, apostilas e livros sobre o tema, munições, armas de fogo e diversos materiais de ideologia nazista. De acordo com o Promotor de Justiça  “além de fotografias e vídeos do grupo cometendo atos de discriminação da religião judaica e contínua idolatria ao nazismo, veiculavam, ostentavam e difundiam símbolo que utilizava a cruz suástica para fins de divulgação do nazismo. Estavam também associados, de forma estável e permanente, para o fim específico de cometer crimes, sendo que a associação era armada”, aponta o Promotor de Justiça na denúncia.

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Os seis réus estão presos preventivamente desde o dia 20 de outubro. A denúncia foi apresentada pela 40ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, com atribuição para atuar nos casos de crimes de ódio e racismo em todo o território catarinense.

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