Memórias
Tantas são as que nos inquietam, fazem a vida regressar aos tempos mais longínquos, doem por dentro, ativam a circulação.
Tantas são aquelas que nos geram saudades, como se puxássemos um fio do passado para tramar com ele o tecido do presente, do cotidiano.
Há memórias que nos encantam pelos feitos e efeitos no corpo e na alma, que nos inspiram a seguir comungando ideias, prazeres, ideais e esperanças.
Outras nos permitem um puro e generoso saudosismo, nos deslocam para saborearmos entusiasmadamente as amizades e amores eternizados no coração.
Há, tantas e tantas lembranças que nos constituem – de família, do pai, da mãe e irmãos, dos domingos à mesa, das brincadeiras, dos sermões, dos sorrisos e abraços ternos e acolhedores.
Memórias nos fazem entender que há um fio condutor em cada existência, longo ou curto, a ser desenrolado. Elas nos ensinam a tecer laços e firmar nós que não se desfazem, para estarem sempre lá, à serem visitados.
