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Indígenas Mbya Guarani da Ponta do Arado foram impedidos de andar pela estrada da fazenda Arado Velho, Belém Novo, Porto Alegre, por dois policiais militares

Indígenas Mbya Guarani da Ponta do Arado foram impedidos de andar pela estrada da fazenda Arado Velho, Belém Novo, Porto Alegre, por dois policiais militares

Roberto Liebgott
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Na manhã de hoje, 21 de outubro de 2024, dois casais e suas crianças da comunidade Mbya Guarani da Ponta do Arado, foram impedidos, por dois policiais militares, de transitarem pela estrada dentro da fazenda Arado Velho.

De acordo com os indígenas, os dois policiais se postaram a poucos metros de distância da comunidade, de onde monitoram as pessoas e impedem o livre trânsito.

Há uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que autoriza os Mbya Guarani a transitarem pelas vias que dão acesso ao bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Ou seja, em flagrante descumprimento de decisão judicial, polícias se colocam a serviço de um empreendimento privado, cerceando os direitos indígenas.

Werá Mbya Guarani estava indo pela estrada, com outro casal e crianças, ao Posto de Saúde, que fica no Bairro Belém Novo, pois a esposa de Werá encontra-se doente. Ao entrarem na estrada os dois polícias militares os abordaram e não permitiram que prosseguissem.

Não bastasse os seguranças privados da Fazenda Arado Velho atormentarem todos dias da semana aos Mbya Guarani, agora se fazem acompanhar de homens da segurança pública, da Brigada Militar do Estado Rio Grande do Sul, aqueles que deveriam assegurar proteção às pessoas, mas se prestam a intimidar e coibir os direitos de ir e vir dos indígenas.

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O Conselho Indigenista Missionário, Regional Sul, apela, uma vez mais, ao Poder Judiciário, ao Ministério Público Federal e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas no sentido de que criem uma força tarefa para garantir aos indígenas os seus direitos fundamentais e que cessem as violências e intimidações.

Porto Alegre (RS), 21 de outubro de 2024.

Cimi Sul – Equipe Porto Alegre.