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Fumaça branca

Fumaça branca

Roberto Liebgott
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Depois de Francisco, o que esperar ou desejar, quando a fumaça branca do Vaticano anunciar o novo Papa?

O Conclave ocorre, como sempre, entre homens velhos, não haverá renovação, embora os sorrisos, as palavras calmas e a serenidade no andar e no gesticular para os curiosos em frente ao Vaticano.

O feminino fica do lado de fora, de joelhos, nas preces, na sala, ou cozinha, ou ornamentando os ambientes em silêncio.

Francisco não conseguiu tudo, apesar de ser afetuoso, gentil e tratar as pessoas com profundo amor, ele também duvidava da fé dentro da Igreja.

Não haverá outro igual a Francisco, mas que o próximo seja, ao menos, humilde e reconheça que a Igreja precisará seguir pelo legado deixado.

Se assim for, as sacristias se abrem e pelas portas e janelas entrarão o frescor, a brisa e o calor do ar para anunciar tempos de esperanças e não de cismas.

Se assim for, a paz será palavra-chave; se assim for, o respeito será dom a inundar os corações; se assim for, o machismo se esvazia; se assim for, os ambientes serão carregados de alegria.

Se assim for, a Igreja seguirá olhando e andando para fora, ao encontro das periferias, dos pobres, das mulheres, dos gays e lésbicas, das pessoas trans e de todos os gêneros.

Se assim for, teremos o seguimento de uma Igreja preocupada com a humanidade e no cuidado de nossa casa comum, regando os jardins do bem viver cultivados por Francisco.

Se assim for, amém!

Porto Alegre (RS), 07 de maio de 2025.