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Almas secas

Almas secas

Roberto Liebgott
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Inférteis, perdem-se na hibridação, consumidas por dentro, como “gens” modificadores das sementes embebidas no veneno.

Não há bons gestos, não há afetos e a solidariedade passa ao largo, fugindo da aridez dos sentimentos ressecados.

Afundam-se nas idolatrias do inútil, servindo-se de egoísmos, malfeitos e numa ganância desmedida pelo acúmulo de bens e privilégios.

Avarentas, nutrem-se das dores, lágrimas e sofrimentos, porque destilam rancor, mentiras e ódio, desidratando a paz e afugentando o amor.

Zombam da fé e da vida ao bradarem – nos púlpitos, tribunas e altares – por um deus inútil, tão estéril e seco quanto suas almas.

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Porto Alegre (RS), 22 de agosto de 2025.

Roberto Liebgott.