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Genocida

Genocida

Roberto Liebgott
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Matou, se não com suas mãos imundas, determinou pelo canetaço, ou, através de palavras grotescas, proferidas por sua boca podre, no sentido de que houvesse a invasão garimpeira nas terras indígenas.

Genocida é você e todas e todos que comungam de sua maldade, aqueles e aquelas que o admiram, sejam pessoas comuns, religiosos, políticos ou milicos de alta patente.

Genocida, você é um covarde, porque se protegeu fungindo e se escondendo em outro país, de onde acusa e responsabiliza os que nada devem por seus crimes.

Genocida, você é um ser abjeto, ambicioso, pervertido, corrupto, desumanizado, pois sente prazer ao ver a natureza em ruínas, a morte de inocentes, as mulheres violentadas.

Genocida, você e os seus programaram a morte e o estupro dos Yanomami, a destruição de suas terras, a contaminação das águas, a mutilação dos animais, deixando rastros de dor, fome, miséria e desolação.

Genocida, você pagará, se não pela justiça dos homens brancos – considerados civilizados, muitos dos quais se espelham em sua espúria e nojenta trajetória – por uma outra força, a dos fins dos dias, que serão de trevas e de maldição.

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Genocida, aguarde, não saberá nem o dia, nem a hora, nem se será aqui ou no estrangeiro, mas haverá o ranger de dentes, disso tenha certeza, porque dessa pena, nem você e nem os seus, escaparão.

Porto Alegre, RS, 25 de janeiro de 2023.