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Governo de SC tenta intervir em processo de demarcação da Terra Indígena Toldo Imbu, no Oeste Catarinense

Governo de SC tenta intervir em processo de demarcação da Terra Indígena Toldo Imbu, no Oeste Catarinense

Claudia Weinman
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O Governo do estado de Santa Catarina tem adotado uma postura violentamente anti-indígena, contrária aos interesses e direitos dos povos indígenas, segundo o missionário Cleber Buzatto, do CIMI Regional Sul.

Buzatto destacou que no dia 29 de março, por meio da Procuradoria Geral do Estado, o governo ingressou com uma petição pedindo para ser aceito como Amicus Curiae no recurso extraordinário em que setores não-indígenas questionam a demarcação da TI Toldo Imbu, no Oeste Catarinense.

“No bojo desse pedido, dentre outros elementos, o governo solicita ao Supremo Tribunal Federal que determine a paralisação do procedimento administrativo da TI Toldo Imbu e ainda, na justificativa, defende a tese do marco temporal”, alertou.

O missionário informa ainda que,em janeiro, o governo estadual, por meio do Instituto do Meio Ambiente (IMA), ingressou, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma petição solicitando a suspensão do julgamento do recurso extraordinário (RE) 1.017.365, referente àreintegração de posse contra o povo Xokleng, da TI Ibirama – La Klãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão adotada servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça, no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios de terras indígenas.

Ainda, conforme ele, o governador Jorginho Mello esteve com Rosa Weber, ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), propondo a postergação do julgamento.

“Os adversários dos povos não querem que o julgamento ocorra, porque agora é um momento favorável aos povos na conjuntura nacional. Então, seria difícil o Supremo tomar uma decisão em favor do Marco Temporal”.

Ouça a explicação completa do missionário: 

O Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepin) também divulgou uma nota de repúdio contra a Procuradoria Geral da República:

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