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Mães profanadas

Mães profanadas

Roberto Liebgott
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As nossas Senhoras de Nazaré e de Aparecida foram, na campanha eleitoral, profanadas e abusadas por um ser abjeto, extremista, um inominável.

Ele, de forma premeditada, violou lugares e espaços sagrados, com sua politicagem corrosiva, suja, interferiu nas duas manifestações religiosas mais populares e importantes das Américas.

Foi além, para dar visibilidade às ofensas, se associou a seguidores ignorantes e nefastos, que referendaram a barbárie esbravejando por um mito corrupto, perverso e delinquente.

Brutos que são, ofenderam fiéis, menosprezaram os templos, ridicularizaram os romeiros e debocharam das romarias.

Brutos que são, zombaram dos bispos, desqualificaram o Papa, afrontaram os católicos, riram dos pobres e ainda, com desfaçatez, pediram voto no inominável.

Brutos que são, não sentem vergonha, remorsos, medo ou escrúpulos, estão sempre empenhados na promoção das maldades, das falcatruas, em disseminar o ódio e as mentiras.

Brutos, têm como predileção macular e machucar o feminino, os gays, lésbicas, negros, quilombolas e indígenas, expondo, com naturalidade, seus crimes de misoginia, machismo, racismo e homofobia.

As duas mulheres de Nazaré e Aparecida, mães dos excluídos e oprimidos, mães dos injustiçados, mães de Deus Pai, Deus Vida, Deus Amor foram afrontadas em suas santidades.

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Elevadas à condição de intercessoras nos Céus, tornaram-se, nesta campanha eleitoral, alvos prediletos da virulência do inominável e dos machos escrotos que o cercam.

Porto Alegre, 14 de outubro de 2022.