Primeira Parada LGBTQIAP+ de Pinhalzinho: ruas são ocupadas em defesa da diversidade e da vida
Pinhalzinho, município do interior catarinense, teve suas ruas ocupadas com o colorido da vida, no sábado, dia 16 de julho, data histórica em que se realizou a Primeira Parada LGBTQIAP+ do município. Maria Eduarda de Lima Cardoso, militante da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), realizou a cobertura do ato e conversou com um dos organizadores da atividade, Henrique Rodrigues.
Segundo Henrique, mesmo diante das ofensivas registradas especialmente nos últimos dias, o povo não se calou.
“Nós colorimos a cidade, tomamos as ruas para mostrar que a comunidade LGBTQIAP+ existe e resiste. Nasce hoje, a União Nacional LGBT em Pinhalzinho”, celebrou.
O Brasil é um dos países que mais mata pessoas LGBTQIA+. Dados do observatório de Mortes e Violências Contra LGBTI+ divulgado pouco antes do Internacional de Combate à LGBTFobia, 17 de maio, apontam que um LGBTQIA+ foi assassinado a cada 27 horas no país. O discurso de ódio contra a população LGBTQIA+ também preenche os índices, como é o caso do que está acontecendo no município de Pinhalzinho, no interior de Santa Catarina. Em uma ação de defesa à diversidade, marcando o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+, celebrado no dia 28 de junho, o Leo Clube Ômega de Pinhalzinho realizou a pintura de um muro entre a Avenida São Paulo com a Rua São Luiz, com as cores que representam a bandeira LGBTQIA+. Pouco tempo depois, forças conservadoras teriam solicitado a repintura do local com a cor cinza. Diante disso, reuniões passaram a acontecer e organizou-se a Primeira Parada LGBTQIAP+ no município.
A organização da mobilização fez uma homenagem à jovem Letícia Kappaun, que faleceu em um grave acidente de trânsito em setembro de 2021. Letícia era uma das representações da UNA em Pinhalzinho.
Confira alguns vídeos da Primeira Parada LGBTQIAP+ de Pinhalzinho:
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Jornalista, militante da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP).