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Tudo

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Roberto Liebgott
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Céu pleno, de um azul intenso, irradiado pelo sol que aquece a natureza, aquela que ainda subsiste, e encanta a passarinhada cantante.

Nas ruas, ao redor, a calmaria, onde pessoas e cães passam num vai e vem silencioso, só cortado por barulhos de tímidos veículos.

É maio, no primeiro dia, da trabalhadora e do trabalhador, que movem a gigante roda da lucratividade, do desenvolvimento e da exploração sem nenhuma trégua.

Tudo, nesse ambiente, circula sem descanso, não importa o céu, o sol, a bicharada, tão pouco as pessoas, a exceção de algumas poucas privilegiadas, que passeiam confortáveis pelas praças e calçadas.

Tudo, nesse tempo – de caos climático, de fome, de governos taxativos, senhores escravistas, dos feudos políticos e econômicos – vincula-se ao domínio, aos dominadores e dominados.

Tudo se funde, mas também se perde, se transforma, tudo se desfaz, do bom e melhor, do cruel e daninho, são círculos passageiros, todavia, que nos deixam consequências, muitas irreversíveis e irreparáveis.

E no tempo – que anda acelerado – o vai e vem se dissipa mundo a dentro e a fora, como percursos incertos, traçados e desenhados por todas e todos que, cedo ou tarde, se vão, resultando em memórias boas ou ruins.

Memórias, algumas se eternizam, são ternuras irradiadas para sempre, guardadas nas almas e corações, ou na artificialidade dos bancos e nuvens virtuais, que perduram e lá, onde estão, poderão vir a serem procuradas.

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Tudo, nesse tempo, nesse maio de um intenso azul, da trabalhadora e do trabalhador, faz lembrar de Francisco, o Papa que eternizou-se pelo amor, pelo carinho, pelos sonhos semeados e pela esperança deixada no Bem Viver.

Papa Francisco de ontem, de hoje e do amanhã, Rogai Por Nós!

Porto Alegre, 01 de maio de 2025.