Assista: Fala da Missionária Marline Dassoler, do Cimi Regional Sul durante a 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Missionária denunciou cenário de extrema violência contra os povos indígenas e seus territórios, o que de acordo com ela, amplia os impactos referentes as mudanças climáticas
O pronunciamento do Conselho Indigenista Missionário na 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na sexta-feira 15 de março, durante o Diálogo Interativo Sobre Mudanças Climáticas, foi feito pela Missionária Marline Dassoler que atua a partir do Regional Sul do Cimi.
Em sua fala:
Sr (a) Presidente:
As mudanças climáticas se apresentaram com extrema violência no Brasil em 2023. Ciclones e chuvas torrenciais destruíram residências e ceifaram vidas na região sul. Estiagem histórica diminui drasticamente as águas dos rios, matando milhões de peixes na região Amazônica.
Após recordes de desmatamento no governo Bolsonaro, ações governamentais contribuíram para diminuir o ritmo da destruição do Bioma Amazônico em 2023. Diante de um cenário tão preocupante, é necessário atenção especial também com os demais Biomas brasileiros, tais como o Pantanal, a Mata Atlântica, o Pampa, a Caatinga e, especialmente, o Cerrado cujo aumento no desmatamento foi de 43% ano passado.
A demarcação e a proteção das terras indígenas, direitos fundamentais dos povos, são verdadeiras e eficazes soluções no enfrentamento às mudanças climáticas. Insensível a tudo isso, o Parlamento brasileiro aprovou a Lei 14.701/2023, decreto de extermínio dos povos indígenas e grave ameaça ao clima do Planeta. É urgente que o Supremo Tribunal Federal declare sua inconstitucionalidade.
Obrigada.