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A equação civilizatória e a dignidade humana

A equação civilizatória e a dignidade humana

Paula Andrea Grawieski Civiero
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A ciência e a tecnologia são debatidas cotidianamente em vários espaços. Vivemos influenciados, muitas vezes moldados, pelo desenvolvimento tecnocientífico, embora não nos questionemos aos interesses de quem e para quem estão voltados tais avanços ou retrocessos. Eles estão subjugados ao sistema político e econômico, e, portanto, são determinados pelos interesses do poder hegemônico, nos trazendo muitos questionamentos e incertezas.  Isso ficou explícito, agora em tempos de pandemia e guerra, com a maximização dos lucros em detrimento da própria vida. Assim, buscamos questionar para que, para quem e por que são determinadas algumas variáveis contemporâneas, de modo a valorizar para além das técnicas, as questões humanas.

Para analisar esse processo, por meio de suas distintas variáveis contemporâneas, as quais abarcam questões técnicas, questões humanas, bem como o desenvolvimento tecnocientífico em diferentes graus, estabelecemos uma ferramenta de análise, a qual denominamos de equação civilizatória. Pretendemos aproximar nosso diálogo por meio dessa ferramenta analítica, a qual pode ser considerada como uma metáfora para delimitar a problemática da sociedade atual. Nos membros dessa equação as variáveis contemporâneas são problematizadas.

Temos a preocupação quanto a necessidade de um alerta para vermos o processo civilizatório com olhos diferentes daqueles que, hegemonicamente, nos procuram impor, através da mídia, dos costumes e da educação. Nossa pretensão é trazer nesse espaço, de informação e formação dos trabalhadores, discussões que nos ajudem a problematizar e questionar os interesses científicos e tecnológicos da civilização humana. Em todos esses aspectos sempre defendemos a maximização da dignidade humana.