Nota de resposta ao texto sobre a comunidade Mbyá Guarani de Cachoeirinha, no RS
A assessoria de imprensa do deputado estadual do PT no Rio Grande do Sul, Miguel Rossetto, encaminhou uma nota para a reportagem do A Fronte Jornalismo das Gentes, em resposta ao texto publicado na tarde deste dia 07 de novembro de 2025, intitulado: “Miguel Rossetto, deputado estadual do PT no Rio Grande do Sul, líder da bancada de seu partido na Assembleia Legislativa, desrespeita a Convenção 169 da OIT em relação à comunidade Mbyá Guarani de Cachoeirinha“.
O texto na íntegra pode ser acessado aqui.
Em resposta, a assessoria de imprensa encaminhou:
“O Mato do Júlio é uma área privada de 250 hectares no centro de Cachoeirinha e está em disputa pela especulação imobiliária. A emenda parlamentar proposta foi construída juntamente com o Coletivo Mato do Júlio que junto com outros movimentos ambientais da região lutam há 30 anos pelo local como espaço público de interesse histórico e de preservação ambiental. A área é uma antiga fazenda colonial, com aspectos que remetem ao período da escravidão, em processo de tombamento no IPHAN e qualificada pela FUNAI. O movimento sempre defendeu a construção coletiva para preservação deste patrimônio histórico, cultural e ambiental. Nenhum projeto deverá ser executado e implantado sem que todas as partes interessadas sejam ouvidas e consultadas, inclusive respeitando a comunidade indígena presente no local”. – Deputado Estadual Miguel Rossetto.
Sobre essa nota, o Conselho Indigenista Missionário Regional Sul, também respondeu:
“A nota, do deputado Rossetto, que busca esclarecer a falta de diálogo em relação a emenda orçamentária para criar o parque de visitação no Mato do Júlio, Cachoeirinha, é, além de imprecisa, equivocada, porque reforça o erro de origem, na proposição da emenda, através da qual pretende destinar dinheiro público para criar um parque em terra onde vivem os Mbya Guarani, da Tekoá Karandaty. Os indígenas são referidos apenas ao final da nota do deputado, inclusive de forma forçada. O fato, nesse caso, não se refere mais ao dialogo com todos os interessados, isso é da política. No caso concreto, há de se dizer que tudo aquilo que envolver, impactar ou incidir sobre comunidades indígenas, exige-se a consulta livre, prévia e informada(Convenção 169 da OIT), antes, inclusive, nesse caso, da referida emenda. Era lá o tempo da consulta. Não agora, através de um arremedo de nota para justificar o que já se fez exclusivamente, tentando agradar os parceiros de Cachoeirinha”. – Roberto Liebgott.
