O Agro


Ruralistas protestam no sul do país por mais benefícios e privilégios, usam-se, para tanto, das pautas e carências dos pequenos agricultores buscando, dessa forma, os perdões de suas dívidas, por mais subsídios e isenções.
O Agro
Não é pop, tão pouco popular, torna-se danoso, tóxico e voraz.
Tóxicas são suas propagandas milionárias nos meios de comunicações, que invadem mentes, corpos, culturas e religiões.
Agro falso, não alimenta e contamina as mesas através da industrialização de suas farinhas e óleos refinados pela saturação.
Financiado, subsidiado, agraciado, pleno de benefícios fiscais, sempre conquistados sob pressão, gera lucratividade farta, acima da imaginação.
Tem a mídia e o capital a disposição, por isso subsiste com mentiras e enganação.
Seus produtores, esbravejam reclamação, sem remorsos destroem a natureza e devastam toda terra de nossa nação.
Costumam terceirizar o trabalho e a produção, inclusive com práticas de escravização.
Mão de obra barata, agrotóxicos, mecanização, os grãos e seus bois destinam-se, em geral, a exportação.
No país resta a precariedade de uma desidratada e cara alimentação, enquanto abusam dos privilégios, das riquezas e da acumulação.
Nos protestos que fazem, quase diários, visam benefícios e mais isenção, tratam o ódio e a intolerância com esmero exaltação.
São cruéis e perversos, solidariedade não compõem seu diapasão, preferem matar, ao invés de partilhar o amor com um pedaço de pão.
Porto Alegre (RS), 01 de junho de 2025.

Roberto Antônio Liebgott é missionário do CIMI - Conselho Indigenista Missionário, atuando na região Sul do Brasil.