UEL promove marcha na luta antirracista e pela diversidade
No último dia 12 de maio a Universidade Estadual de Londrina realizou a Marcha UEL na Luta Antirracista e pela Diversidade, uma iniciativa da comunidade interna do Campus, composta por professores, estudantes e servidores, aprovada pelo Conselho Universitário.
A proposta de mobilização se deu em consequência de episódios racistas, fascistas e nazistas encontrados em pichações no banheiro masculino do Centro de Ciências Exatas (CCE), utilizado pelos estudantes de Geografia.
As atividades tiveram início às 10h com uma concentração no Centro de Educação Comunicação e Artes (CECA) e contou com a presença de representantes dos povos indígenas Kaingang, da terra indígena Apucaraninha, e dos Guarani, da terra indígena São Jerônimo. Nesse primeiro momento foram elaborados cartazes contendo frases de posicionamentos antirracistas, antifascistas e a favor da diversidade, além de falas e entrevistas com a comunidade acadêmica presente.
A marcha percorreu o calçadão de acesso aos centros de estudosda Universidade e seguiu até a praça do Restaurante Universitário, onde foram realizadas as atividades culturais indígenas, protestos e o show com Cecília Bandeira e o Samba do Sereno. Durante o percurso, a entrada da marcha no Centro de Ciências Exatas protagonizou um dos momentos mais marcantes do ato, sobretudo, porque foi nesse centro que o referido crime racista ocorreu. A indignação e a vergonha por parte dos participantes diante do fatoocorrido ficaram visível por meio dos gritos de luta e resistência, que neste momento, se intensificaram.
As falas realizadas durante o protesto ressaltaram a importância de iniciativas como essas, principalmente porque os posicionamentos defendidos nesses eventos acabam se configurando como espaçosde sociabilidade, de troca e de resistência. A luta antirracista e antifascista é ontem, é hoje, é amanhã e indica a urgência de sua compreensão, sobretudo porque o ambiente universitário não pode conviver com tais atos, pois o mesmo representa a própria diversidade a partir da universalização das ideias que envolvem todos os grupos humanos possíveis.
O que se tira de lição deste ato, é a necessidade de se manter a construção permanente de uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, pautada na sua própria missão, a universalização do conhecimento, que nos permite viver um ambiente colorido, marcado pela diversidade do mundo.