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Brasis Adentro, da Amazônia para o Mundo

Brasis Adentro, da Amazônia para o Mundo

Nilson Fraga

O Brasis Adentro esteve em São Luís do Maranhão, em uma epopeia que saiu de Florianópolis, passou por Londrina, cruzou parte de São Paulo e Minas Gerais, e atravessou os estados do Goiás, Tocantins e Maranhão, percorrendo 6.627 km em menos de 10 dias, para participar do XXVI Encontro Nacional de Geografia Agrária (ENGA), realizado na Universidade Federal do Manhã. O evento teve como temática central “da Amazônia para o mundo, territórios, diversidades e povos tecendo futuros”, reunindo pesquisadores de todo o Brasil e exterior, comunidades tradicionais, tais como pescadores, ribeirinhos, quebradeiras de coco de babaçu, quilombolas, sertanejos, caboclos, beiradeiros, e povos indígenas.

O XXVI ENGA coincidiu com as festividades juninas – toda São Luís estava enfeitada e exalando profunda cultura, com destaque para os festejos do bumba-meu-boi do Maranhão, um folguedo típico que se espalha por todo o estado. Um dos maiores destaques do evento se deu a partir dos movimentos sociais e socioterritoriais dos campos, das águas e das florestas, a partir da organicidade e articulação dos movimentos, das universidades e de políticas públicas, com destaque para os movimentos de luta por territórios, e suas ações coletivas, espacializações e territorializações, envolvendo disputas territoriais, que clamavam por modelos de desenvolvimento no campo, na água e na floresta.

A marca fundamental dos debates perpassou por tecendo resistências, e a teia como instrumento de educação não formal das comunidades tradicionais representadas no ENGA 2024.