O Anticomunismo como narrativa religiosa rumo ao Narco-Capitalismo?
Eleitoralmente, no Brasil, o anticomunismo, substituto da Boa Nova na boca e nas redes de pastores financistas, conduziu um rebanho de cristãos pentecostais fundamentalistas ao redil da extrema-direita e do anarco-capitalismo nos últimos anos.
A marcha da mentira rumo à morte solapou o Caminho, a Verdade e a Vida, levando Jair Bolsonaro à Presidência da República em 2018.
O capitalismo anarquista, implementado pelo então Posto Ipiranga da Economia, levou milhões de brasileiros à miséria, à fome e à margem das avenidas abastadas e luxuosas Brasil a fora.
O negacionismo científico, sanitário e climático matou centenas de milhares de brasileiros de todas as idades e regiões do país.
O ódio, antítese do Evangelho, se alastrou como pólvora apoderando-se de mentes e corações ávidos pelo sangue dos “comunistas esquerdistas”.
Em 2024, há sinais de que a narrativa anticomunista poderá levar rebanhos de cristãos ao redil do narco-capitalismo.
O umbilical envolvimento do novo mito da extrema-direita com o narcotráfico e seu aparente elevado potencial eleitoral junto ao pentecostalismo fundamentalista cristão avaliza a manipulação da religião como um instrumento político poderoso altamente destruidor.
Diante desse cenário, não há outro caminho senão o de seguir o exemplo de Jesus e “baixar o relho” nos vendilhões do Templo.
Cleber César Buzatto/Cimi Sul, equipe FLrianópolis.