O Jornalismo vive
Uma roda de conversa que aconteceu na terça-feira, 9 de setembro, na Escola Sesi em São Miguel do Oeste/SC, mostrou por meio dos olhares curiosos, a esperança para a prática do jornalismo sensível. Conversei com estudantes do 1º ano do Ensino Médio, em uma atividade integrante da disciplina – Projeto de Vida e Carreira, que tem como responsável a educadora Carlise Schneiders. O convite, carinhoso, chegou pelas palavras da estudante Yasmin Schmeier, que incentivou o grupo a pesquisar sobre o jornalismo popular, independente e comunitário.

Yasmin, tão jovem, já percebeu a diferença entre o que fazemos enquanto A Fronte Jornalismo das Gentes e com o Jornal Comunitário, periódico pertencente a Pastoral da Juventude Rural e do Meio Popular e o jornalismo tradicional. Para ela:
“Quando estávamos procurando um jornalista, logo me lembrei da Claudia. Já acompanhava o trabalho dela há algum tempo e sempre admirei a forma como se dedica ao jornalismo de base comunitária, popular e independente. Esse tipo de comunicação, feito pelas pessoas e para as pessoas, se diferencia por não seguir a lógica dos grandes meios e por mostrar a realidade de forma mais próxima e verdadeira. O que mais me chama a atenção é que, além de dar espaço e visibilidade para pessoas e histórias que muitas vezes ficam de fora da mídia tradicional, o trabalho da Claudia mostra claramente a paixão que tem pela profissão. É um jornalismo que visa valorizar as histórias locais, as necessidades reais e as lutas sociais que fazem parte da comunidade”, disse ela.

Um resumo bonito, carinhoso e detalhado em palavras jovens, que mostra a possibilidade concreta da resistência e da base comunitária da comunicação, essa que não vende notícias, mas se relaciona com as gentes, os/as empobrecidos e adentra às escolas pelo interesse de quem nos acompanha com vistas atentas nas redes virtuais.
A educadora Carlise Schneiders detalhou no convite enviado à jornalista que aqui escreve, o motivo da roda de conversa e de apresentar o jornalismo como possibilidade profissional aos estudantes.
“Nosso objetivo é proporcionar aos alunos a oportunidade de conhecer diferentes trajetórias profissionais e pessoais, ampliando seus horizontes, inspirando reflexões e fortalecendo seus próprios sonhos e escolhas para o futuro”.

Foi um momento querido, de partilhas e trocas. O jornalismo vive e é imprescindível apresentarmos essa estrada bonita e cheia de pedras, que se reserva há quem faz a opção política pela escrita posicionada. Agradeço pela oportunidade e deixo esse endereço como referência no jornalismo que defendo: Elaine Tavares – Palavras Insurgentes.
____
Material elaborado pelo grupo que apresentou sobre o jornalismo:

Jornalista, militante da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP).
