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O Genocídio do Contestado em Teatro

O Genocídio do Contestado em Teatro

Jornalismo das Gentes
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SÃO MIGUEL DO OESTE/SC: Um dos mais sangrentos massacres contra o povo caboclo e que envolveu os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, foi tema da peça de teatro realizada no mês de junho de 2025, pela turma 202 do novo ensino médio, da Escola EEB Alberico Azevedo, de São Miguel do Oeste/SC.

Coordenada pela professora da disciplina de Arte, Katia Diana Dill, o enredo mantém viva a história de mais de 20 mil corpos tombados no que ficou conhecida, segundo referências do pesquisador Nilson Cesar Fraga, como sendo uma das maiores guerras de formação territorial da história da humanidade: O Genocídio do Contestado. Embora datada pelos anos de 1912 e 1916, esse genocídio deixou marcas profundas em Santa Catarina, mesmo completando mais de cem anos de seu acontecimento. Por isso, a expressão de suas referências na arte, é tão importante, para a garantia da não invisibilidade do povo caboclo. Nas palavras da professora Katia:

“A peça teatral: A Guerra do Contestado visou unir a Arte e a História, promovendo uma reflexão sobre essa triste história da nossa região, onde milhares de vida foram tiradas. A peça propõe reviver momentos importantes dessa revolta, como a batalha do campo de Palmas, a batalha do Irani, o avanço da tropa de Adeodato, a religiosidade presente na vida daqueles sertanejos que encontravam coragem nas palavras do Beato José Maria. A peça envolveu pesquisa, estudos, parceria, superação, criatividade e muitos desafios. Os estudantes trabalharam por três meses para que o espetáculo ficasse pronto. A participação do professor Pedro Pinheiro com sua canção ao final foi muito importante, pois ele havia trabalho este assunto com os alunos nos anos anteriores. Foi muito especial”.

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Nessa matéria, A Fronte Jornalismo das Gentes reuniu depoimentos de estudantes e educadores/as sobre a peça de teatro na Escola EEB Alberico Azevedo, de São Miguel do Oeste/SC.