Retomada Mbya Guarani Yjere: “O Estado, responsável pela educação escolar, jamais ouviu os apelos da comunidade por uma escola”
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Ponta do Arado. Belém Novo, Porto Alegre, RS.
Por Roberto Liebgott /Cimi Sul e Carmem Guardiola /ATBR.
A Retomada territorial Mbya Guarani Yjere, mostra que a vida se faz na simplicidade do cotidiano, no passo a passo da luta, na convivência e perseverança.
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Naquela terra de reencontro tão sonhado e ao mesmo tempo tão sofrida, depois das violências sistemáticas, da omissão estatal, da negligência judicial e das injustiças, lá estão os Mbya, a sua e a nossa história, reestabelecendo-se no lugar de ser e viver, olhando o futuro.
A terra não está demarcada. Sequer os agentes da Funai foram visitá-los, ao menos para ver e sentir o pulsar da resistência.
A Sesai não se encorajou em designar um agente para, ao menos, observar os rostos de quem tanto sofreu, nem durante a pandemia da Covid-19, isso porque não pretendia reconhecer a terra e a existência dos Mbya naquele lugar.
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O Estado, responsável pela Educação Escolar, jamais ouviu os apelos da comunidade por uma escola, nem esboçou um simples reconhecimento de que eles também são sujeitos de direitos.
Apesar do Estado, sem o Estado , que negligencia vidas, ou contra Ele, os Mbya, com apoios dos amigos da terra e de seus filhos e filhas, lhes são solidários, estão juntos, acompanhando a vida que se faz, os sorrisos e as esperanças que fortalecem seu Bem-Viver.
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A Retomada está sem escola não indígena. Hoje se faz necessário o aprendizado não Mbya para serem menos excluídos do Estado Brasileiro. Por isso, com sua própria vontade e força iniciam as aulas, sem a mínima infraestrutura.
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E, embora todas as adversidades, os Mbya Guarani prosseguem na vivência cotidiana e harmoniosa de seus jeitos e maneiras de existir.
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