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Brasis Adentro, território, políticas sociais e mulheres camponesas

Brasis Adentro, território, políticas sociais e mulheres camponesas

Nilson Fraga

O último Brasis Adentro de 2023, também é fruto de uma disciplina dividida entre os professores pesquisadores Nilson Cesar Fraga e Sandra Maria Almeida Cordeiro, pelo Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Política Social, da Universidade Estadual de Londrina, que tratou do Espaço Geográfico, do Lugar e do Território e sua Gestão em Políticas Sociais, a partir de diferentes matrizes teóricas das perspectivas de compreensão do território. O ponto alto dos debates, que se iniciaram em setembro, culminou com um trabalho de campo no Assentamento Eli Vive II, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na localidade de Lerroville, 60 km ao Sul de Londrina, que se caracteriza como o maior assentamento da reforma agrária próximo de uma grande cidade brasileira, onde vivem mais de 500 famílias assentadas.

Mais de 30 estudantes e professores foram recepcionados pelo Coletivo das Mulheres Camponesas do Assentamento Eli Vive II, com um café da manhã produzido por elas, com salgados, doces, cafés, chás, frutas e diversos outros alimentos produzidos sem veneno. Foram quase seis horas de muitas conversas sobre a luta pela terra, a produção de comida sem veneno e os desafios enfrentados pelo Coletivo das Mulheres Camponesas que tiram da terra, e vendem na cidade, uma produção ampla de produtos sem agrotóxicos. Esse coletivo de mulheres vivenciou uma grande transformação a partir de um projeto de extensão nascido no Departamento de Geografia da UEL, em 2018, que culminou com sua autonomia produtiva a partir da produção agroecológica.

Foi tirando o alimento da terra plantado pelo Coletivo das Mulheres Camponesas, que o A Fronte Jornalismo das Gentes, a partir do Brasis Adentro, produziu essa mensagem de final de ano para sua audiência, a partir da base da existência da vida, a terra, lá onde se produz o alimento que nutre o corpo das pessoas.