O Encruzo
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Por Ângelo Bueno e Tiago Kafso Nagô.
Me vejo em mergulho
Sofro o correr das águas
Que Anseiam chegar ao Atlântico
Misturar o doce com o mar
Em volumes de pororocas
No juntar
A velocidade aumenta
Arrasta floresta adentro
O purificar dos resíduos
Hoje cobiçado em petróleo
Aí de ecoar
O grito
A Amazônia se soma
Ao mundo
COP 30
NÃO COMBINA
COM EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO
NA AMAZÔNIA
Grita o AMAPÁ. o MACAPÁ e o OIAPOQUE.
![Ângelo Bueno](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/plugins/wp-fastest-cache-premium/pro/images/blank.gif)
Ângelo Bueno é poeta ativista, membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Entre os anos de 1982 a 1992 atuou na região Sul com os povos Guarani e Kaingang. De 1992 até hoje atua com os povos indígenas do Nordeste, em Pernambuco e Norte da Bahia. Sempre percebeu a importância da arte para rever paradigmas e favorecer a construção da sociedade democrática, fazendo parte dos poetas marginais, denunciando as violências praticadas pela necropolítica e anunciando o bem-viver em terras de ABYA YALA.