UEL promove marcha na luta antirracista e pela diversidade
![Victória Jandira Bueno](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/plugins/wp-fastest-cache-premium/pro/images/blank.gif)
![blank](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/AnyConv.com__1017a0c5-22fd-4f6a-a274-e9e45595c015.jpeg)
No último dia 12 de maio a Universidade Estadual de Londrina realizou a Marcha UEL na Luta Antirracista e pela Diversidade, uma iniciativa da comunidade interna do Campus, composta por professores, estudantes e servidores, aprovada pelo Conselho Universitário.
A proposta de mobilização se deu em consequência de episódios racistas, fascistas e nazistas encontrados em pichações no banheiro masculino do Centro de Ciências Exatas (CCE), utilizado pelos estudantes de Geografia.
![](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/AnyConv.com__4a738cef-7dd1-4115-8c18-805669946b4f.jpeg)
As atividades tiveram início às 10h com uma concentração no Centro de Educação Comunicação e Artes (CECA) e contou com a presença de representantes dos povos indígenas Kaingang, da terra indígena Apucaraninha, e dos Guarani, da terra indígena São Jerônimo. Nesse primeiro momento foram elaborados cartazes contendo frases de posicionamentos antirracistas, antifascistas e a favor da diversidade, além de falas e entrevistas com a comunidade acadêmica presente.
A marcha percorreu o calçadão de acesso aos centros de estudosda Universidade e seguiu até a praça do Restaurante Universitário, onde foram realizadas as atividades culturais indígenas, protestos e o show com Cecília Bandeira e o Samba do Sereno. Durante o percurso, a entrada da marcha no Centro de Ciências Exatas protagonizou um dos momentos mais marcantes do ato, sobretudo, porque foi nesse centro que o referido crime racista ocorreu. A indignação e a vergonha por parte dos participantes diante do fatoocorrido ficaram visível por meio dos gritos de luta e resistência, que neste momento, se intensificaram.
![](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/AnyConv.com__e02e0a05-1c97-4138-8d8c-88e0edf8840b.jpeg)
![](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/AnyConv.com__4147008f-6e0d-4fdf-9179-ac883bf24089.jpeg)
As falas realizadas durante o protesto ressaltaram a importância de iniciativas como essas, principalmente porque os posicionamentos defendidos nesses eventos acabam se configurando como espaçosde sociabilidade, de troca e de resistência. A luta antirracista e antifascista é ontem, é hoje, é amanhã e indica a urgência de sua compreensão, sobretudo porque o ambiente universitário não pode conviver com tais atos, pois o mesmo representa a própria diversidade a partir da universalização das ideias que envolvem todos os grupos humanos possíveis.
![](https://afrontejornalismo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/AnyConv.com__4fb5806b-cd20-4171-b689-b105a4dea77f.jpeg)
O que se tira de lição deste ato, é a necessidade de se manter a construção permanente de uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, pautada na sua própria missão, a universalização do conhecimento, que nos permite viver um ambiente colorido, marcado pela diversidade do mundo.